Poder escrever sobre esta curta saga é muito divertido para
mim, pois se trata da origem do meu coadjuvante preferido: o menino prodígio!!
Seguindo a tradição de contar como foram os primeiros anos
da carreira do Cavaleiro das Trevas, tivemos Ano Um magistralmente produzido
por Miller e Mazzuchelli. Em seguida tivemos o Ano Dois, produzido por e Todd MCFarlane, mas o nível cai muito, o
que se salva são os desenhos de MCFarlane,e enfim chegamos nessa saga que
retrata o terceiro ano do Batman e a
criação da dupla dinâmica.
Como já disse no início, sou muito fã do Robin, isso se deve
ao fato de na época em que lia suas histórias, ter me identificado com ele, um
adolescente como eu. E fala sério, qual fã adolescente do Batman não sonharia
em poder combater o crime ao seu lado? Afinal, a concepção do Robin foi
justamente essa, poder humanizar mais o Morcego e conseguir identificação com o
público infantil. E esse foi o meu caso!!!
Nesta saga, que se passa após a morte de Jason Tood (o
segundo Robin), encontramos um Batman que começava a se tornar irracional e violento
em excesso (gancho que seria utilizado para inserir a saga do terceiro Robin),
esse quadro se tornaria mais crônico com a notícia de que um velho criminoso
conhecido do Morcego e de Dick Grayson seria libertado após cumprir sua pena na
cadeia e a partir daí traria consequências desastrosas para o crime organizado
de Gotham.
Dito isto, a história passa a mostrar em flashback o
primeiro contato de Bruce Wayne com Dick Grayson, na época um jovem e
habilidoso trapezista de circo, filho também de um casal de trapezistas que se
apresentavam em grupo no circo. Após presenciar os pais morrerem durante a
apresentação de seu número e saber que provavelmente aquilo fora obra de uma
gangue de criminosos, Dick Grayson vê sua vida perder o propósito, e como
testemunha dessa situação, Bruce Wayne se identifica com a situação do menino e
luta para obter sua guarda. O resto é história, e que todos conhecem.
No decorrer da história, Dick Grayson já atuando como Asa Noturna volta à Gotham,
ele percebe que há algo errado com Wayne , o que gera momentos de tensão entre
eles. Aliás, esse tema sempre me agradou, a dificuldade de Wayne em manter um
relacionamento sáudavel com alguém, e principalmente com Grayson , pessoa que
ele considera como um filho. Esse tema foi explorado em outras histórias com
outros roteiristas, e acho muito interessante, humaniza demais o personagem.
O roteiro de Marv Wolfman cumpre bem seu papel, em casar o
momento atual em que vivia o Batman, transtornado após a perda do segundo Robin
e o seu passado com o primeiro menino prodígio, os desenhos de Pat Broderick
também me agradam muito, inclusive acho ele um dos melhores desenhistas que já
trabalharam com o Morcegão. Não é nenhuma obra prima, mas um história
importante na cronologia do nosso querido vigilante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário